sexta-feira, 13 de outubro de 2017

As palavras de Marta Azevedo



FIM

Obrigada minha querida Marta 💛


As palavras de Marta Azevedo



As palavras de Marta Azevedo


As palavras de Marta Azevedo



As palavras de Marta Azevedo



As palavras de Marta Azevedo



As palavras de Marta Azevedo


As palavras de Marta Azevedo


As palavras de Marta Azevedo



As palavras de Marta Azevedo


As palavras de Marta Azevedo

Novo conto 😊


domingo, 17 de setembro de 2017

As palavras de Marta Azevedo



O FIM

Um conto muito bonito escrito pela Marta Azevedo.

Obrigada pela partilha.

Muito em breve vai iniciar-se a publicação de um segundo conto da Marta Azevedo.

Até lá, boas leituras! 

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

As palavras de Marta Azevedo

" - É claro que não me importo Leo. Parece um sonho. 

Pouco tempo depois Leo despediu-se de Lili e da sua família, prometendo que brevemente voltaria. 

Lili estava radiante. Este era sem dúvida o melhor Natal da sua vida. 





sexta-feira, 25 de agosto de 2017

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

As palavras da Marta Azevedo

Olá caros leitores do meu blog,

é com todo a satisfação que venho comunicar uma nova parceria com uma amiga dos tempos da faculdade, da FLUP.

É a Marta Azevedo, uma pessoa doce e muito bonita, que gosta muito de escrever.

O convite foi feito e ela aceitou o desafio.

O meu blog terá este novo espaço dedicado e pronto para receber as palavras da Marta.

Serão publicações que não têm limite nem data, vão fluir calmamente como as suas palavras.

As palavras são da autoria da Marta Azevedo e o design e ilustração das publicações serão feitos por mim.

Boas leituras!


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Mãe pela primeira vez...



Obrigada mamã Alice Moura e um beijinho para o seu príncipe.

Uma mamã capaz, que abriu o seu coração 💕


" 1/11/2012. Positivo, sim deu positivo. Era verdade. Não sabia eu que estaria para nascer o meu amor maior.

O medo apoderou-se de mim. Será que sou capaz ? Será ??? E o tempo passou... 37 semanas e cá estavas para iluminar as nossas vidas.

E mal olhei para ti percebi que tudo tinha mudado... Recordo-me que te cheirava como um animal cheira a sua cria... Tão bom!

Percebi que  nada mais seria como antes, e que este amor maternal não se explica... Sente-se... Entretanto vieram meses difíceis... Foste muito mauzinho sabes ?

Mas aqui estamos passados 4 anos de ti ... de nós... Obrigada meu amor pequenino por me mostrares que fui capaz, que sou capaz, e que serei sempre capaz por ti e para ti... Existem duas Alices... Uma antes de ti, e outra depois de ti... Obrigada por isso meu amor para a vida toda... Obrigada por entrares nas nossas vidas, por fazeres de mim uma pessoa melhor!!!

Amo-te daqui até à lua!!!

P.S: Sabes, escrevi um texto gigante com mil palavras bonitas e demorei horas a escrevê-lo. Mas depois apaguei tudo, e em 10 minutos escrevi este, que está genuíno, que resolvi não mexer mais e publicar assim mesmo!!! "

💓   

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Mãe pela primeira vez...


Obrigada à mamã Cátia Barbosa pela sua participação.

Um beijinho para ti amiga e para a tua princesa, o teu amor verdadeiro 💗


" Ser mãe... antes de ser mãe eu comia refeições quentes e usava roupas sem manchas, eu controlava a minha mente, os meus pensamentos, o meu corpo, e o meu tempo. Via televisão até à hora que queria, dormia a noite toda e muitas vezes até bem tarde!

Antes de ser mãe eu nunca tinha segurado uma criança a chorar para que pudessem fazer exames ou aplicar vacinas e em que eu ficasse de rastos por ver o seu choro de dor, tal como nunca tinha sentido o meu coração se partir num milhão de pedaços porque eu não pude parar uma dor ou porque não sabia interpretar um choro.

Mas a verdade é que antes de ser mãe eu nunca tinha experimentado a maravilhosa sensação de amamentar uma bebé, nunca tinha olhado nos seus olhos marejados e chorado também, nunca tinha ficado tão gloriosamente feliz por causa de um simples sorriso, que se torna o suficiente para me alegrar o dia e dar forças para enfrentar tudo que me surja pela frente.

Antes de ser mãe eu nunca tinha estado sentada horas e bem tarde à noite só para admirar uma bebé a dormir, nem nunca tinha segurado uma bebé a dormir só porque não queria deixá-la, porque não queria acordá-la ou porque tinha medo que o simples facto de a pousar a faria acordar e chorar.

Eu nunca imaginei que alguém tão pequeno pudesse afetar tanto a minha vida e me fazer ter a sensação que o meu coração está fora do meu corpo, sempre receoso que algo possa acontecer, sempre preocupada se conseguirei ser boa mãe e dar tudo o que a minha bebé precisa e merece.

Eu não conhecia a força do amor entre uma mãe e sua filha.

Antes de ser mãe eu não conhecia o verdadeiro calor, a imensa alegria, o amor puro, a extrema preocupação, a plenitude ou a satisfação de ser mãe.

Eu não sabia que era capaz de sentir tudo isso com tanta intensidade e que me sentiria capaz de lutar contra tudo e todos e deixar tudo e todos por um ser tão pequeno mas que é tão mágico.

A minha filha é o meu maior orgulho, a minha maior felicidade, a minha maior alegria, a minha vida... Veio-me mostrar que eu era feliz antes de ser mãe mas que após ela nascer é que surgiu a verdadeira felicidade, o verdadeiro amor, e aí é que a minha vida passou a ter uma verdadeira razão de ser... "

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Mãe pela primeira vez...


Um Obrigada que disse todos os dias e que ainda digo a quem esteve sempre ao meu lado desde que fiquei grávida e depois de nascer o meu bebé.

Sei que nunca é o suficiente... pelo o que fizeram, e ainda fazem por mim e pelo meu filho.

Este " cantinho " Mãe pela primeira vez foi criado com o intuito de partilhar a minha experiência enquanto mãe de primeira viagem, mãe pela primeira vez.

E quando comecei a escrever achei que devia enriquecer este cantinho com mais partilhas de experiências de outras mamãs.

E tem sido muito bom, poder ler cada palavra carregada de tanto sentimento.

Todos nós somos seres únicos, diferentes, originais!

Mas há sempre no meio destas caraterísticas únicas algo que é semelhante, o Amor, que uma mãe sente pelo filho ou filhos. Esse é sempre igual seja aqui em Portugal ou noutra parte do mundo.

Mesmo no reino animal também se assiste à proteção e apoio da fêmea para com as suas crias.

Acredito que eu como mãe, repita muitas vezes o que sinta... sem me aperceber. E quando isso acontece, passo a ser uma mãe orgulhosa, completamente babada e quero mostrar ao mundo essa minha felicidade.

A partir do momento que sou mãe, acreditem que percebi a minha mãe, a minha avó e o meu pai.

Só quando se vive e se está nesse papel é que se pode compreender o porquê de muitas coisas que foram feitas, ditas por quem nos criou.

Eu tive uma infância muito feliz, e é nessa minha infância que vou buscar muitas das coisas que quero transmitir ao meu filho.

Eu tenho muitos defeitos, como qualquer ser humano, no entanto, os valores que adquiri desde bebé até à idade adulta na convivência com os meus pais e avó. Tornaram-me a pessoa, a mulher, a mãe que sou hoje.

Estas três pessoas foram o meu alicerce e serão o sempre.

Para além destas pessoas tão especiais para mim, para a minha vida, tive a felicidade de ter uma família unida, em que os meus primos são como irmãos para mim, os meus tios e tias, com quem eu aprendo tanto.

Não consigo explicar em palavras o que sinto quando estamos todos juntos, apenas sei que o meu rosto se ilumina e os meus olhos ficam pequeninos, faço covinhas, é a minha  expressão facial quando sorrio.

Obrigada mãe; obrigada pai; obrigada avó; obrigada Bruno; obrigada tia; obrigada primos /as , obrigada tios /as, obrigada amigos /as

Obrigada

são muitos os momentos e as situações que vivemos juntos, e  serão ainda mais os momentos que virão e que vamos vivê-los juntos.

pelas palavras carregadas de sentimento e de tanto carinho e amizade que no momento certo são ditas e que dão-nos força e fazem-nos tão bem.

por aquele abraço, beijinho , pelo aperto de mãos ... em que respiramos bem fundo e gravámos aquele instante dentro de nós, é o que alimenta o coração.

por simplesmente estarem aqui junto de mim,

muitas vezes a distância esteve no meio de nós todos

mas não enfraqueceu nem alterou em nada o que há entre nós, o que sentimos, quando podemos conversar, quando podemos estar juntos...

Sejam felizes ! Acreditem que é possível o ser, e com muito pouco.

Basta sermos genuínos, basta sermos nós próprios !

Quem me conhece verdadeiramente não precisa de mais nada, nem palavras...

Quem me ama, quem gosta de mim, eu sei bem quem o são... porque a gente sente...






segunda-feira, 19 de junho de 2017

Mãe pela primeira vez...



" M " de Mãe 

de AMOR , único e inexplicável que apenas se sente e vive-se; 

de CORAGEM, pelo nosso filho, faz-nos seguir em frente, sem pensar duas vezes; 

de FORÇA, que surge dentro de nós e nos torna uma super Mãe com poderes fantásticos; 

de CARINHO, que de uma forma espontânea e pura entre mãe e filho se partilha; 

de FELICIDADE, ALEGRIA, que nos faz sorrir nos dias mais cinzentos; 

de  DESAFIO, o maior desafio de uma vida; 

de um sem fim de sentimentos, que nos mudam como pessoa, mas tornamo-nos melhores, porque passamos a dar significado e valor ao que realmente interessa nesta vida. 

Dá-mos à luz um Ser que nos vai iluminar a nossa vida para sempre 

Vivemos por ele e para ele 💓  

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Mãe pela primeira vez...



Obrigada pela participação da mamã Joana Mota 💛 e um beijinho especial à princesa Laura 😙

" Tão bom sentir no meu coração o amor a nascer, a crescer tão discretamente.

Sentes comigo cada inquietação, cada lágrima, cada alegria. E eu estarei sempre aqui para ti. Quando precisares do meu mimo, do meu colo, Amar-te será para sempre.

Tão bom saber que nunca estarei só e que serei parte de uma vida imensa - a tua.

Ainda eras tu um ser minúsculo, num pequenino saquinho e o que já sentia por ti era maior do que o mundo.

O nosso caminho juntas começou a 12 de Março de 2016  quando já crescias em mim à 4 semanas.

E depressa foste crescendo, dentro da minha barriga e do coração de todos aqueles que nos amam.

Foram 37 semanas e 6 dias de sonho, de esperança, Agora és a realidade de um amor que iluminará para sempre o nosso coração.

E assim ficará marcado o dia 6 de Novembro de 2016, para sempre na nossa memória.
Nasceste, dando pontapés no ar e a chorar, com uma carinha linda e serena. Então alguém te colocou nos meus braços, no meu peito. Olhamo-nos. Reconhecimento, recordação de duas almas. Os teus pequeninos olhinhos mergulharam  nos meus criando um laço eterno de ternura.

Minha pequenina, lembrar-te-ei sempre das palavras do pediatra que assistiu o parto " Laura, és pequenina, mas tenho a certeza que serás uma grande mulher!" 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Mãe pela primeira vez...


Ser Mãe é exausto, não vou mentir 😉 mas tem tanta coisa boa que acontece e que nos faz crescer como Mãe... E quando recebemos os melhores carinhos e os melhores gestos de amor do mundo, do nosso filho, da razão do nosso viver, esses momentos menos bons e mais cansativos são ultrapassados num instante.

Poder ver-te crescer é tão maravilhoso ! O que me farto de rir com algumas das tuas peripécias 😊

Quis partilhar e registar este momento de muitos outros que acontecem quando estamos os dois a brincar.







- " Quem é que desarrumou isto tudo? "
- " Mãe!"
-  "E quem vai arrumar ? "
- " Mãe !"
😄

Beijinhos e muitos sorrisos para todas as mamãs 😊😙

terça-feira, 23 de maio de 2017

Mãe pela primeira vez...



Obrigada mamã Cláudia Moreira 💛 uma mamã super divertida, bem disposta e com um sorriso contagiante como o seu filhote ;-)  Beijinhos a ti e ao príncipe 😙

" E de repente, sinto que temos a nossa primeira prova de fogo enquanto casal, a vida NUNCA mais vai ser a mesma.

E agora ?!

Ser mãe sempre foi um desejo muito grande e tem sido uma aprendizagem diária.

Não vou mentir e nem tudo é um mar de rosas, já tive dias de tudo, de uma alegria contagiante, de muito choro, de incertezas, que se calhar não nasci para isto.

Estarei a fazer tudo bem, a ser uma boa mãe ?

São dúvidas que me assombram e que por vezes deitam por terra aquilo que deveria ser o período mais feliz da minha vida.

Tenho um filhote lindo, Salvador - 2 meses, que é a luz dos meus olhos e que tem um sorriso contagiante que me deixa completamente derretida, o que ultrapassa de longe todos os aspetos menos bons.

Quero muito ser uma boa mãe e que um dia ele tenha orgulho na família que formamos.

Sei que nem sempre vou tomar as melhores decisões e nunca serei uma mãe perfeita, mas o amor que sinto por ti será SEMPRE incondicional. 💓

Obrigada por me ensinares diariamente a ser mãe... 💕

Beijinhos grandes "





quinta-feira, 11 de maio de 2017

Mãe pela primeira vez...



E a minha amiga ( companheira de quarto no hospital ) e mamã do Afonso quis abrir o seu coração de mãe para o meu blog 😊

Muito obrigada Margarida Teixeira 💛 um beijinho especial para o Afonso e um abraçinho do Gonçalo.

"Tínhamos feito 5 anos de casados no dia 8, quando no dia 13 de maio 2015 tivemos a confirmação que o nosso maior tesouro estava a caminho. Depois de 3 anos de casamento começamos a achar que seria a altura ideal para pensarmos num filhote, só não sabíamos que iria demorar tanto tempo e depois de alguns momentos menos bons. Passava um mês, dois, três, meio ano, um ano e nada, a notícia por que tanto esperávamos tardava em chegar. Depois de algumas consultas e exames fomos encaminhados para o gabinete de apoio à fertilidade. Quando o processo, depois de alguns meses, estava completo para uma inseminação, na mesma semana da consulta para  marcação do tratamento, descobrimos que eu estava grávida do meu Afonso!
Foi um momento mágico, uma coincidência incrível, e aquele dia, aquele 13 de maio ficará gravado para sempre na nossa memória e no nosso coração. A gravidez correu sempre lindamente, não tive um único enjoo, o Afonso nasceu com muito pelinho mas nunca tive azia... resumindo sentia-me a grávida mais feliz e mais linda do mundo! 😉 Às 40 semanas, o parto foi induzido, estive umas horinhas em trabalho de parto, e foi neste processo que conheci a Sandra e o seu pequeno Gonçalo.
A Sandra foi minha companheira no quarto antes de termos os nossos meninos. 😊
O momento do parto não foi bem o desejado, mas mesmo só tendo conhecido o meu pequenino no dia seguinte, que foi muito doloroso para mim, o momento em que o vi pela primeira vez foi um momento indiscritível...ali começou a mais linda história de amor que a cada se intensifica mais!

Para mim a maternidade foi a melhor coisa que me podia ter acontecido, e para nós papás do Afonso, este é o papel mais importante das nossas vidas para sempre!!! " 💛💛💛

Mãe pela primeira vez...



Mais uma mamã guerreira. Obrigada amiga Ângela Almeida 💛 e um beijinho à tua princesa, a Francisca 💝

" Sou uma mulher como tantas outras, mas a melhor parte de mim é ser Mãe !!

Comecei a namorar o meu marido com 15 anos, uma paixão enorme... um amor imenso... que dura ainda hoje. Éramos jovens a descobrir o mundo e naturalmente a sexualidade... algo correu mal... uma gravidez inesperada aos 17 anos foi por breves instantes como o " fim do mundo!" Como se diz aos nossos pais que vão ser avós ? Como será que a família vai reagir ? ... Foi um processo difícil, mas responsavelmente assumido... Demos a notícia a todos os familiares e amigos, uns reagiram bem, outros nem por isso... choramos ... e enchemo-nos de alegria... certo dia, a trabalhar, com 12 semanas de gestação começo a perder sangue e a sentir uma dor horrível! Fomos ao hospital fui vista pelo doutor e mandaram-me à minha vidinha... era normal... estaria tudo bem!! Dois dias se passaram, as dores aumentaram... novo internamento e desta vez, o aborto foi o diagnóstico! Foi doloroso para nós, mas também para os nossos pais, que já estavam empolgados com a notícia!
Quatro anos depois... chegou o momento do maior passo das nossas vidas, o nosso casamento!! Tudo como sonhamos, os planos de constituir família voltou com a maior força e a gravidez da Francisca deu-se como planeado... foi uma gravidez fantástica, sem enjoos, sem dores, sem nada mais do que a barriga a crescer!! Tudo bem com com a gravidez, melhor ainda com o parto... normal, num instantinho e sem nenhum ponto ou problema tanto para mim como para a minha filha!!
Que alegria tão grande... desta vez a minha filha também era um dos bebés que choraminga no quarto!! Um verdadeiro anjinho, comia e dormia... docinha, docinha... Foi crescendo, saudável, feliz e fazia todos felizes, até que o pior estava para chegar... a minha filha com 3 aninhos... num momento em que tanto precisava de mim... é uma doença chamada "cancro" vem assombrar a minha vida!! Fiquei desesperada... destroçada... a sofrer por antecipação... achei que ia mesmo morrer!! Sofri, mas sofri calada... eu decidi não contar a ninguém, nem ao meu marido enfrentei tudo sozinha; tudo o que não queria era sentir a pena dos que me rodeavam!! Fui escondendo... 18 sessões de radioterapia, depois mais 18 ... e começou a ser visível o meu estado degradante... o meu marido percebeu que algo se passava eu também precisei de desabafar com  alguém e com o apoio dele foi mais fácil levar o resto do tratamento... mais 18 sessões eu fiquei um "caco"... depois disso tratamento com medicação diária, injeções... sedativos... eu via a vida a fugir-me!! O meu fígado prepara-me uma partida e eu queria tanto ficar curada... ao fim de 2 anos de sofrimento, finalmente a desejada notícia chegou ... o pior já passou... Ufa... que medo!! A vida tem mais sentido agora, dou muito mais importância a coisas pequenas... valorizo o pouco que tenho, amo e sorrio todos os dias... e apesar de ter de vigiar este "bichinho" de 3 em 3 meses... sou uma sortuda, uma sobrevivente!! Agarrem a vida com toda a força que tenham... peço a Deus que guarde a minha família e que os livre de tais doenças... a minha filha é o meu tesouro e foi a única " coisa" que me fez lutar todos os dias e me fez e me fez andar sempre com um sorriso estampado no rosto (mesmo no hospital) todos diziam: "como consegue sorrir?" E eu ... simplesmente sorria como resposta!! Tenho tudo o que queria da vida... um bom marido, um lar, uma filha linda e saudável ... o que mais se pode querer ?

A vida só é vida se for vivida e envolvida na vida de outra vida!"

💓  

terça-feira, 9 de maio de 2017

Mãe pela primeira vez...



Obrigada minha amiga Andreia Pinheiro 💖 um beijinho à tua princesa linda 😗 💝

" 💛💛💛 Para ti ... Por ti 💛💛💛

Passa como um lindo filme em imagens, o dia, a gravidez, as 12 semanas, o saber se era menino ou menina, os exames, a escolha do nome...

Quantas mais poderei citar ? São étapas que dizem tanto e que criam uma história para sempre... gravada nas nossas memórias e que encheram pouco a pouco o nosso coração 💗.

Esse amor não pode ser mais imenso, ele aumenta de dia para dia: a cada gesto novo, a cada progresso, a cada étapa, a cada desafio.

O orgulho é imenso, sentimos um turbilhão de sentimentos 💞. Amamos incondicionalmente, preocupamo-nos como nunca, mas fazemos o impossível. Não há limites! Temos forças inimagináveis, lutamos incondicionalmente para ver-te crescer, és o mais precioso do mundo !

Com amor e equilibrio nós tentamos educar-te da melhor forma, para teres força e garra, para saberes aprender a enfrentar este mundo, ultrapassar as dificuldades, e para saberes dar valor aos verdadeiros sabores da vida.

E para que nunca desistas dos teus sonhos!

A cada dia nós fazemos para que tenhas muitos momentos felizes. E que nos acolhas sempre com um sorriso incandescente, luminoso e cheio de amor! Haverá algo melhor no mundo ? "

💛💛💛   



domingo, 7 de maio de 2017

Mãe pela primeira vez...

Olá mamã Mariana 💖 muito muito obrigada pela sua participação.

Um beijinho muito grande a esta família tão linda !



" Mãe pela primeira vez

Estava eu a caminho de buscar o meu marido da estação de comboio quando me apercebi que me tinha rebentado a bolsa. Íamos jantar a casa dos meus sogros. Não tinha contrações, só uma estranha sensação de incontinência urinária - deve ter sido uma rutura muito pequena porque desde que não me mexesse muito não saía nada - e a clara consciência de que estava a conduzir o carro relativamente novo e muito limpinho da minha mãe e que não queria enchê-lo de liquido amniótico.

Coitado do Miguel, quando me atendeu o telefone estava ainda a passar o Algueirão e só queria entrar na cabine do maquinista e mandá-lo acelerar até Sintra.
Mal sabíamos nós na altura que não valia a pena estar a correr. Era dia 25 de Março. A Leonor faz anos a 27...

Quando chegámos ao Hospital e subimos para as urgências de Obstetrícia, insisti que ele andasse atrás de mim de forma que ninguém percebesse que as minhas calças estavam molhadas.

"Acho que ao entrares para as urgências da maternidade com um barrigão gigante e as calças molhadas a maior parte das pessoas poderão partir do princípio que te rebentaram as águas e não que tivesses feito xixi nas cuecas..." resmungava enquanto carregava com a minha mala, a mala da bebé e provavelmente ainda os apontamentos das aulas de preparação para o parto.

Eu estava numa excitação nervosa tremenda. Queria imaginar que ia estar em controlo de tudo mas ao mesmo tempo tinha uma vontade enorme de ter a minha mãe ali ao lado para me dar a mão e lembrar-me que por muito que custasse o prémio de segurar a minha filha nos braços seria a melhor recompensa. Resumidamente, as 28 horas que demorou para a Leonor se decidir a aparecer, deram para eu estar e falar com toda a gente que me poderia ter dado força e coragem e apoio. Também serviu para perceber que há muito pouco com  que nos distrairmos numa sala de partos excepto  os ruídos dos quartos ao lado e ficar completamente aterrorizada com os gemidos e gritos que, pelo menos eu, achava que eram um exagero  Hollywoodesco.

Depois de uma eternidade e uma discussão com o Miguel devido à máquina de CTG (ele não percebia porque é que eu me queixava tanto com as contrações  que a máquina media como atingindo um máximo de 30%, porque provavelmente chegariam aos 100% na altura da expulsão), de vários ensaios de respiração, lá chegou a nossa primeira bebé.

É tão difícil encontrar as palavras para descrever esse momento, o rol de emoções que nos trespassam e todo o mundo novo que nos chega naquele embrulho húmido, choroso e furioso, coberto de vernix e rugas de quem passou demasiado tempo no banho. Nasce uma família inteira nesse instante. O nosso coração explode para ganhar espaço para tamanho amor que agora o ocupa.

Hoje já é dia da Mãe, 2017, e para espanto meu e admiração de quem me conhece, tenho já sete filhos para me ajudar a comemorar este dia especial. Todos os partos foram diferentes e tiveram e tiveram os seus momentos cómicos que me deliciam mas seja com a primeira ou a sétima ou qualquer um dos outros pelo meio, esse momento mágico de os segurar pela primeira vez é igualmente grande e marcante e único da mesma forma que cada um dos meus filhos é único e irrepetível.

Bom dia da Mãe para todas!!"


💛💛💛💛💛💛💛









sexta-feira, 28 de abril de 2017

Mãe pela primeira vez...

A mamã Patrícia Maio abriu o seu coração de Mãe

muito obrigada pela tua participação amiga 💛

e um beijinho à tua princesa linda 💝


" Mãe de primeira viagem

Tive uma gravidez muito tranquila, possivelmente reflexo de algo muito desejado e esperado.

Vivi cada momento como se fosse único e irrepetível e de facto, fazendo a retrospetiva: cada momento vivido foi único e mágico !

Tinha um orgulho enorme na minha barriga e à medida que o tempo avançava, aumentava dentro de mim a ansiedade de a conhecer, de conhecer o seu rosto, de a pegar ao colo, de a abraçar...

Dei por mim muitas vezes sozinha no quarto dela a desdobrar e dobrar as roupinhas a mexer em todos os objectos...

De cada vez que os medos me assolavam, e foram muitos, tentei sempre afastá-los e pensar só nas coisas boas e deixar o momento acontecer para viver !

Às 39 semanas e 04 dias da madrugada de dia 24 de Novembro de 2012, chegaram os primeiros indícios que a Leonor estava pronta para nascer !

Mãe de primeira viagem e com receio de ser exagerada, tentei aguardar em casa o mais possível e tentar perceber se eram mesmo indícios do parto.
Ainda assim com algumas incertezas, segui para o Hospital de S. João juntamente com o Pai, para o que fosse necessário.

Tinha chegado a hora : o trabalho de casa foi tão bem feito que já tinha 06 centímetros  de dilatação e a Leonor estava prestes a nascer.

Às 11h41 desse mesmo dia vi o rosto da minha bebé  pela primeira vez... aquele contacto pele com pele jamais esquecerei... foi a emoção mais forte que alguma vez vivi...lembro-me inclusive de dizer que o choro dela era lindo e a médica sorrir !

Foi um parto, muito pacífico, tudo foi tranquilo e feliz. No momento em que ficamos sós os três  em FAMÍLIA, sentimos que a nossa vida mudava ali.

Esta mudança foi sem dúvida para muito melhor: os dias ficaram mais preenchidos de cor,  de risos, de novas vontades de lutar e fazer melhor ...todos os dias ensinamos e  sobretudo aprendemos.

Passados cerca de quatro anos e meio posso dizer que nunca pensei que a minha capacidade de amar  pudesse aumentar, mas o que é facto é que ela não conhece limites.

Claro que há momentos de tudo, de receios, de incertezas, de cansaço, de exaustão, e até de desespero... afinal ser MÃE desenvolve em todas as mulheres uma capacidade enorme de abraçar um leque de tarefas em simultâneo, que só nós sabemos que é possível e sobrevivemos,

No entanto, aquele sorriso rasgado no final do dia, aquele abraço apertado quando tudo parece estar mal, dá-nos o maior alento que podemos pedir e querer! "


💕

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mãe pela primeira vez...


Um obrigada de coração à participação desta mamã, tão querida e doce como a sua princesa 💗

Obrigada mamã Judite Sousa 💛

" Mãe !

Eu Mãe ?

Será um sonho ?

Não, não é um sonho, é bem real !

A mãe que hoje sou começou no dia 01 de Novembro 2016 pelas 13:52m. Digo que começou porque tudo o que tinha idealizado caiu por terra, quando nos meus braços acolhi o SER mais sereno (naquele momento...)

Recordo este nosso primeiro encontro com uma exatidão, pois na minha mente ele está cristalizado!
Os teus olhos bem abertos com um brilho que encadeou os meus olhos - " Tens os olhos de Deus"- foi um tempo parado, que valeu ouro de pura Paz e ternura, que invadiu todo o meu Ser.

Todas nós mulheres nas conversas de família e amigos temos uma espécie de tertúlia deste sentimento que é Ser Mãe ! Eu não fui diferente... Fui criando a minha ideia, o meu conceito deste Amor incondicional, que tanto falam e que ninguém consegue quantificar com exatidão.

No entanto, para mim este conceito que me foi tão bem " vendido" ficou muito, muito aquém da dimensão que isto toma.

Não tive o prazer de te ver a nascer, de ouvir o teu primeiro choro, mas tive o melhor momento de te aconchegar no regaço mais maternal, de olhar para ti e agradecer a Benção desta preciosidade.

Mamaste pela primeira vez com uma destreza de uma forma tão genuína e natural, que parecia já teres sido ensinada . Talvez aqui encontre a justificação de amar a amamentação, no fundo, foi a nossa primeira parceria! E é aqui neste preciso momento que o meu coração disparou como se me tivessem injectado um liquido de " Adrenalina de Amor", este liquido fez o meu coração atingir um tamanho inimaginável, e aqui reina:  PAIXÃO, AMOR, FELICIDADE.

Reina um Amor sem razão, sem explicação, mas que irradia a todos os ângulos possíveis e inimagináveis. Assim permanece, num estado constante de PAIXÃO, de Felicidade plena, pela benção que acabamos de Ter.

Ser Mãe...Ser Mãe Amor...Ser Mãe Leoa... Ser Mãe Coruja...um número infinito de Mães...

Então tudo floresce um turbilhão de informações, de coisas para aprender e com isto trás à tona as nossas maiores angústias, medos e ansiedades. A pessoa que era deixei de ser, digamos que a serenidade que tanto apregoava e apreciava ter, ACABOU! Passei do 8 para o 80, em que tudo é vivido de uma intensidade extrema, porque a "Adrenalina de Amor " que me foi injectada, nunca mais é expelida do meu organismo. Os sentimentos, os receios são vividos em alta rotação...

Não! Não é tudo cor-de-rosa existem dias cinzentos (para ser simpática). Existem momentos de total imponência, no que eu chamo descodificar este meu/ nosso pequeno SER. Porquê?

Porque BERRAS assim? Porque gritas assim, para o Mundo te ouvir ? Ok! Ok! Queres dizer ao Mundo que já chegaste, até te entendo, e até tenho vontade de o fazer também, mas não era necessário o fazeres em tão VIVA VOZ. Como ultrapassamos estes momentos ? A única justificação que eu encontro é que a injecção de " Adrenalina de Amor" está bem no seu esplendor de eficácia, caso contrário, não sei não... é de doidos... Existem momentos em que se eu tivesse o poder para me distanciar, e colocar na posição de espectador, seria a melhor comédia, que já alguma vez assisti.

Tal é a parafernália de tentativas / erro que eu e o teu pai fazemos para descodificar o que precisas.
E finalmente lá te calas... (Deveria de encher o Coliseu do Porto).

Acho que ainda não tive tempo para pensar em como era a minha /nossa vida sem Ti, porque tu preenches por todo o nosso tempo. Mas se me perguntarem, se quero voltar ao tempo antes de Ti, eu digo sem sombra de dúvidas, que não, não tenho saudades desse tempo, porque esse tempo foi o que nós vivemos a desejar ter-Te, por isso, o agora é o melhor tempo que podemos ter!!!

Por agora constrói-se uma Mãe, uma Mãe cheia de dúvidas, mimos, ansiedades, carinhos, beijos e muita brincadeira. Uma Mãe, que não é a que eu idealizei, muito menos aquela que achava que iria ser. Sinto-me em constante transformação, e o que hoje é, amanhã deixará de o ser. Sempre em busca de ser o melhor para Ti, e para que tu sejas um SER FELIZ, porque foi isso que te prometi no nosso primeiro contacto! Aquele em que eu me (re)descobri/ identifico e afirmo que é a profissão que quero ter a tempo integral, SER MÃE DE TI e de quem sabe de outros...Mas por agora "Embarca em mim que o tempo é curto"..."embarca em mim"...



  💓


terça-feira, 11 de abril de 2017

Mãe pela primeira vez...



Ser mãe ...

Será que estou a fazer bem ?

Será que devia ter feito de outra forma ?

...

São tantas as dúvidas e incertezas que surgem quando somos mães pela primeira vez...

O que tentamos fazer é seguir o nosso instinto, o que o nosso coração manda e o que achamos que deve ser feito naquele momento.

Pode não ser por vezes a melhor solução e resposta... mas dá-mos e fazemos sempre o nosso melhor.

A crítica chegará sempre ... no entanto, são apenas palavras que são levadas pelo vento para bem longe, as que ficam são as palavras de incentivo, força, amor, carinho, essas sim, enchem o nosso coração de mãe e ajudam-nos a continuar, a seguir em frente.

Temos exemplos a seguir: desde as nossas avós, as nossas mães... e vamos inconscientemente buscar um bocadinho de cada amor partilhado por essas pessoas, que nos educaram, e nos ajudaram a crescer e ainda em adultos e até ao fim das nossas vidas serão sempre referências, e estarão sempre connosco no lugar mais precioso que temos, o nosso coração.

Juntamos o Amor que sentimos pelo nosso filho que é indescrítivel e mesmo que se escreva achamos sempre que não transmite a dimensão do que sentimos.

Vivemos esse amor, partilhamos, sentimos os dois e quando eu recebo em troca um sorriso, um abraço, um beijinho, uma gargalhada, uma caricia, um olhar, um tocar de mãos, todas as dúvidas, incertezas, os momentos menos bons, as birras... desaparecem e entra um Amor tão infinito que aquece o nosso interior e sentimo-nos tão felizes !

Aprendo todos os dias em ser mãe, é o meu filho que me ensina a ser a Mãe dele.

Não sou exemplo nenhum para mais ninguém, mas sinto-me orgulhosa e feliz quando o sinto feliz, quando brincamos e o vejo feliz por estarmos juntos...

E o meu rosto e olhos ganham outra luz quando ele simplesmente me chama : Mãe !

É tão doce e meigo o som desta palavra dita por ele ... Obrigada meu príncipe por ajudares-me a ser a tua Mãe.

 


quinta-feira, 6 de abril de 2017

Mãe pela primeira vez...



O parto

Não foi o parto com que eu sonhei e idealizei... foi tudo inesperado e de urgência com muito nervosismo em saber se o bébé estava bem.

No dia anterior à consulta com a minha médica de família, eu e o meu marido fomos visitar um casal de amigos, os homens ficaram em casa e as mulheres foram ao shopping, andei bastante 😊 mas sentia-me bem.

No dia seguinte tive a consulta com a minha médica de família, com quem fui seguida toda a minha gravidez, apenas com 36 semanas é que fui chamada a uma consulta com uma médica obstetra ao hospital. Que me marcou nova consulta para quando tivesse 38 semanas.

Mas já não cheguei a ir. Como escrevi na publicação sobre o nascimento do meu filho, na consulta que tive eu estava com as tensões altas (pré-eclâmpsia) e fui reencaminhada para o hospital de urgência.

Era no hospital apelidada como a menina das "tensões altas". Fui internada no hospital numa segunda-feira eram 16h da tarde, a médica que me atendeu nas urgências pediu urgência para me provocarem o parto.
No entanto, marcava meia noite no relógio quando a mesma doutora que me atendeu nas urgências veio-me ver antes de sair do seu turno, e para espanto dela e também um pouco irritada tomou conhecimento que ainda não me tinham provocado o parto.

A entrar no segundo dia de internamento de manhã bem cedo fui observada por outra equipa médica e como tinha pouca dilatação introduziram-me para além do soro que já estava a receber outro liquido que continha um medicamento que iria ajudar segundo a enfermeira a acelarar a dilatação... Pois bem, deitada na cama desde que fiquei internada, sem sequer poder ir à casa de banho... com ligas na minha barriga para ouvir os batimentos cardiacos do meu bébé e ligada a uma máquina em que media a tensão arterial e com o soro e o tal medicamento a entrar nas minhas veias. Permaneci assim até ter visita do meu marido, a única pessoa que me podia visitar.

No quarto onde eu estava tinha uma outra mãe na cama ao lado da minha, que esperava também um menino. Como gosto de falar 😄 meti logo conversa com ela e quando saímos as duas do hospital voltamos a falar e mantemos ainda contacto. As nossas conversas são sobre os nossos meninos e como o menino dela nasceu um dia antes do meu, lembramo-nos sempre quando fazem mais um mês ou quando fazem mais um ano.

Depois do almoço o meu marido veio visitar-me e depois não voltou a sair, comunicaram-nos que eu ia para a sala de parto... na verdade fui eram 20h da noite mas a dilatação mantinha-se insuficiente, as tensões elevadas e ficaram ainda mais, com o tempo de ansiedade e espera. As contrações começaram a surgir, no início não eram dolorosas, mas quando marcava no relógio 22h a intensidade da dor era muito maior... perguntaram-me se eu queria epidural, pensava eu que ia atenuar a dor e aceitei... no entanto, as dores mantiveram-se muito intensas, tentava atenuá-las com a respiração que aprendemos nas aulas de preparação para o parto, e com massagens nas minhas costas, esfregando as minhas mãos de cima para baixo... mas eram dores muito prolongadas e agudas. Perguntei à enfermeira se era normal sentir as contrações com tanta intensidade após a toma da epidural ? Ela disse-me que sim, que não tira a dor, apenas atenuava... só que a dor que eu sentia era igual à que eu sentia antes da epidural... ?!

Às 23h entra uma nova equipa de médicos e enfermeiros e quando me vão observar, a minha dilatação não tinha evoluido nada... estava igual, insuficiente para fazer parto normal. As contrações mantinham-se. Como por alguns segundos deixei de ouvir o coração do meu bébé, e também porque as minhas tensões aumentaram (marcava 19 )... a médica que tinha acabado de entrar no seu turno decidiu que tinham de fazer-me uma cesariana, pois se continuassem à espera estavam a colocar a minha vida e do bébé em perigo . Eu só queria saber do meu bébé, se ele estava bem. Quando voltei a ouvir o seu coraçãozinho suspirei de alívio.

Despedi-me do meu marido... ele já não pôde assistir ao parto... e quando fui para o bloco operatório, antes ainda tive que mudar de cama, foi um episódio engraçado no meio de tanta aflição e nervosismo, pois as enfermeiras estavam a tentar pegar em mim ao colo e a passar-me para a outra cama... mas como vi que não me estavam a segurar bem e uma queda naquela altura não iria ajudar em nada, eu pedi às enfermeiras que juntassem a cama onde eu estava deitada à outra cama que eu com ajuda delas passava para lá 😂 e assim foi.

Quando entrei na sala de operações parecia que eu estava a entrar numa arca frigorifica, gelei e comecei a tremer mesmo muito.
E mantinha a respiração que tinha aprendido para atenuar as dores das contrações.

A médica que decidiu fazer a cesariana estava lá, na verdade, foi ela que me fez a cesariana, ela antes de começar piscou-me o olho 😉. Talvez para me tranquilizar.
Quando começaram a tocar em mim, eu comecei a mexer-me, eles acharam estranho e uma das enfermeiras veio perguntar se eu estava a sentir, eu disse que sim, que senti o algodão embebido num liquido a passar na minha barriga, que senti a tocarem na minha pele... ela perguntou-me, mas não tem epidural ? E eu disse que sim, então deram-me mais uma dose de epidural... mas sem efeito eu continuava a sentir tudo... foi quando descobriram e eu também que a epidural tinha-me sido mal administrada... foi quando eu entendi o porquê de eu estar a sentir as contrações com tanta intensidade e estar a sentir tudo sempre que me tocavam.

Sei que naquele momento fiquei muito triste 😢 porque tiveram de optar por anestesia geral, não pude assistir ao nascimento do meu filho, a enfermeira colocou-me uma máscara no nariz e boca e pediu para eu respirar e assim foi, não me lembro de mais nada.

Quando acordei, olhei para um teto com várias luzes e tentei mexer-me mas doía-me... foi quando  voltei a mim, ah! Ok! estou no hospital, o meu bébé?

Olhei para o lado e vi uma outra mamã deitada. Falei com ela, e por coincidência ela também teve por cesariana um menino com o mesmo nome do meu  💙 mas no caso dela o bébé estava numa posição que não podia ser de parto normal.

Aquela mamã que estava comigo no quarto antes do parto, também teve por cesariana o seu menino, e também pelo mesmo motivo desta mamã. Após o nascimento dos nossos meninos nós as duas voltamo-nos a encontrar ainda dentro do hospital. Nessa noite (terceiro dia de internamento) que nasceu o meu menino houve pelo menos 4 cesarianas pois surgiram casos urgentes e que não havia outro meio e escolha.

A enfermeira aproximou-se de mim quando viu que eu tinha acordado e eu perguntei logo pelo meu bébé, ele está bem? E ela disse que sim, que o pai estava a conhecê-lo e disse-me o peso dele. Sei que sorri para a enfermeira e escorreu uma lágrima de alegria e de emoção...

Quando fui para o quarto quase logo ele chegou no berço e colocaram-mo ao lado da minha cama. Eu não me podia mexer... mas quando o vi, e toquei nas suas mãozinhas voltei a emocionar-me e apaixonei-me por aquele menino, que era o meu príncipe, nem acreditava que ele estava ali junto de mim.💙💙 Agora já nos podiamos ver, tocar, trocar olhares...

Ele começou a chorar e a enfermeira entrou no quarto e colocou-o no meu peito... tão bom! tão maravilhoso! poder senti-lo... ele acalmou e adormeceu.

Lembro-me que de manhã após a cesariana fiz uma coisa que não devia ter feito... estava com vontade de ir à casa de banho, toquei mas ninguém apareceu, esperei... mas a vontade era tanta que aos poucos e muito devagar consegui levantar-me da cama, a primeira etapa estava feita mesmo sentindo uma dor tão grande, porque na verdade eu tinha pontos muito recentes... depois na segunda etapa teria de me me por em pé e andar até à casa de banho, e assim foi, consegui!

Quando a enfermeira chegou e viu-me sentada na cama, disse-me: - o quê ! já de pé !, e eu para ela: - eu sei que não devia, pois não? e ela: - não! mas sente-se bem ?

Na verdade, foi muito dificil levantar-me e ir até à casa de banho, mas fiz no meu ritmo e consegui. Depois fiquei preocupada que me tivesse prejudicado e que por dentro algum ponto tivesse aberto... Mas felizmente nada disso aconteceu.

Fiquei após o parto com uma grande anemia, devido à perda de sangue. Os meus pés e pernas estavam super inchados... a minha cara também. Questionei a médica porque estava assim, ela apenas me disse que era normal. E eu pensei : normal !?!?! E depois disse-me que com o tempo passava e que ia voltar ao normal, que normalmente durava no máximo um mês. Felizmente, quando regressei a casa comecei a desinchar e quando fez um mês, já estava com o peso que tinha antes da gravidez.

O meu bébé era muito calminho mas na véspera de termos alta do hospital, foi uma noite para esquecer... chorou muito, tinha cólicas e para além disso não fazia cocó com a regularidade que um bébé deve fazer, ele ficava a pedido da pediatra até três dias no máximo sem fazer, depois como não fazia por ele eu tinha de colocar um babygel para aliviá-lo.

Foram meses e noites sem saber o que era dormir... tinha o meu coração de mãe pequenino ao vê-lo sofrer... tive a preciosa ajuda do meu pai, que me auxiliava durante a noite.

Entre as muitas chamadas para a pediatra,  massagens, gotas e chás que ajudavam na digestão e a  libertar os gases/os flatos, por último quando mudamos de leite começou a ficar melhor.

E aos três meses melhorou imenso. Graças a Deus ! Porque foi uma fase muito dificil vê-lo a sofrer e não poder fazer mais nada do que faziamos.

A minha recuperação foi rápida. Os primeiros dias de vir do hospital precisava de ajuda para me deitar e levantar-me da cama, mas depois com o passar dos dias comecei a sentir-me melhor.

A amamentação, foi outra etapa, não tinha leite... ainda no hospital comecei a estimular os meus seios com uma bomba de tirar leite... depois como o meu bébé habituou-se logo ao biberão, que era mais fácil e prático, ele não tinha de fazer tanto esforço como na mama... ele preferia o biberão.

Em casa mantive a estimulação e colocava o meu bébé ao peito.
Houve um dia que tive como chamam  a "descida do leite", e senti-a os meus peitos muito quentes, e estava também eu com calores. Quando eu tocava nos peitos doía-me, a conselho de familiares, coloquei paninhos embebidos em água morna e fazia massagens circulares, e também com o chuveiro com a pressão da água, depois estimulava com a bomba de retirar o leite. E assim o leite começou a sair, que alívio!... o meu bébé mamava e depois eu  retirava algum leite para um biberão, para ele beber pelo biberão, pois o malandreco  não gostava muito de fazer esforço.

Com muita tristeza minha dei mama só até aos três meses, e depois deixei de ter leite.

Mas durante esses meses que amamentei tive sempre que dar o suplemento, pois nunca tive muito leite. Na altura, senti-me muito triste por não poder continuar a dar o leite materno, que faz tão bem ao desenvolvimento do bébé.

No entanto, sempre que iamos às consultas eu ficava mais descansada quando a médica e enfermeira diziam que estava tudo bem. Ainda agora é assim.

Estou a escrever este texto do que vivi,  senti, do que vivemos juntos e parece que foi há muito tempo atrás... mas não o foi, foram momentos que não foram fáceis, mas que ficarão guardados dentro de mim e sei que tudo valeu a pena, quando o vejo a sorrir para mim, quando lhe peço um beijinho e ele dá-me, quando lhe peço um abraço, quando brincamos os dois, quando cantámos os dois, quando estamos os dois juntos 💙💙

Aprendo com ele desde o primeiro dia que o vi, o que é ser mãe. Na verdade, é um amor único, uma cumplicidade, uma ternura que são difíceis de escrever por palavras é como um cordão umbilical que nunca se desprendeu entre nós os dois.





domingo, 2 de abril de 2017

Mãe pela primeira vez ...


Participação especial de uma mamã guerreira e que mostra como amor de mãe supera tudo...

Obrigada 💙 Andreia Catarina

" Não digo que fui uma filha exemplar, mas felizmente raras foram as preocupações que dei aos meus pais. Tive uma infância feliz e saudável, a melhor coisa que um pai pode desejar !

No entanto, aos treze anos, na idade perigosa em que o espelho se torna um amigo duvidoso, deixei de comer e comecei a praticar exercício diário para que o meu falso amigo espelho me dissesse que era bonita. O problema é que ele era exigente!!! Traidor!!! O tempo passava, o peso e volume diminuía e ele continuava insatisfeito!

Numa manhã em que saí de casa para passear com os meus pais, sem tomar o pequeno-almoço (óbvio), tive o meu primeiro desmaio de fraqueza... Foi assim que os meus pais descobriram que algo não estava bem. A partir dessa altura passei a dar ouvidos aos meus verdadeiros amigos, os meus pais, e deixei de dar confiança ao espelho. Até porque a minha mãe, passou a andar em cima e já não havia hipótese!

Mas a minha saúde ficou comprometida graças àquele episódio. Desde então ficou presente na minha memória que quando tomasse a decisão de ser mãe, se iria ter sucesso com facilidade...

Fruto do frenesim da nossa geração cheia de projectos e objectivos pessoais cada vez mais se adia a constituição de uma família.  Não fui excepção ... casei ia fazer 29 anos . A família por mais próxima e amiga que seja, enviava sempre dissimuladamente, nem que fosse por sinais de fumo a ideia de que o relógio não parava e o tempo estava a passar... Por isso, assim que casei, fui bafejada por esses sinais enviados de todas as partes e direcções. E lá começei, embora receosa, a pensar na possibilidade de engravidar.

Sem stress, deixei a contracepção oral e pensei que daí a meio aninho, para me ir mentalizando e também para o corpo se libertar de todas as hormonas e toxinas, que iria experimentar engravidar.

Não houve meio ano. Aliás, não houve um mês se quer ! Tanta preocupação, tantos receios e PUMBA! Foi à primeira! Sei perfeitamente quando a Vi foi concebida, pois sonhei com ela nessa mesma noite ! Tinha tantas certezas de que estava grávida, que quando chegou a altura da menstruação estava ansiosa para que passasse os três dias para fazer o teste.

E sim, estava correcta! Mais correcta estava, quando na primeira ecografia me disseram que era menina. Tudo estava a bater certo com a visão que tinha tido no meu sonho. Os primeiros seis meses da gravidez foram super naturais! Sabia que estava grávida porque não tinha ciclo menstrual e porque a minha barriga estava a aumentar. Não tive um enjoo, um desejo, nada de diferente! NADA!

Então, como sou um piolho eléctrico que não pára, e como passei os primeiros seis meses de gravidez  a andar de avião e a correr de um lado para o outro, por motivos profissionais, o facto da gravidez estar a ser fácil foi uma mais-valia!

Os problemas chegaram às 28 semanas. Na altura mais calma e pacífica do meu trabalho, em que as viagens e o stress tinham terminado, a tormenta começou! A Vi, queria vir à força conhecer o mundo!  Estava tão habituada a uma rotina agitada, que ela deve ter odiado a calmaria!

Até às 36 semanas fui obrigada a ficar numa cama. Para não falar do tempo de internamento, dos banhos de gato, das injecções para a maturação dos pulmões da bebé que levei com receio de que ela nascesse prematura.

Logo em seguida, o episódio de broncopneumonia que tive, em que levava seis doses de antibióticos intravenosos diários. Um deles era de tal forma agressivo que me queimava a veia.
Foram doze cateteres ao todo que levei... Para além das injecções nas pernas que me davam por estar acamada tanto tempo. Quando finalmente superei um parto prematuro e a minha possível morte, mais parecia um regador toda crivadinha !

Ás 36 semanas, sem medo, fui dar a minha primeira caminhada! Ui! Como me soube bem sentir o sol de Fevereiro a bater-me no rost, dar uso às minhas pernas inchadas, passear o meu novo corpo grande e volumoso. O dia do parto chegou. Depois de tantas peripécias, tantas tentativas da Vi vir ao mundo, o momento chegou. E correu tudo direitinho!

Primeiro a saída do rolhão (ou lá como lhe chamam), depois o rompimento da bolsa de águas, depois as contracções ( que para mim pareceu ser apenas uma que nunca passou até me darem a maravilhosa epidural, Ámen à Epidural ! ) e depois de fazer um soninho ( sim, eu adormeci! Mais uma vez : Bem-haja Epidural !!!) fiz duas ou três vezes força e já tinha a minha pequenina ao meu peito de olhos abertos a olhar para mim !!!

As primeiras coisas que as enfermeiras disseram sobre ela foram : - Menina inteligente ! Agarrou logo a mama!, e - É a cara do pai ! A primeira encheu-me de orgulho a segunda deve ter inflamado o pai !

O primeiro mês foi o nosso mês de adaptação à nova, modesta e extremamente exigente profissão de pais. No final do segundo e terceiro mês, creio que terá sido o da adaptação da Vi a nós e ao mundo. Ela que era uma bebé que dormia tão bem, de um momento para o outro, decidiu só adormecer a partir das 4h da manhã e até a essa hora chorar com os pulmões bem abertos! O secador de cabelo foi o nosso melhor amigo, era a única coisa que a mantinha calma e que nos infernizava os ouvidos a um nível menos audível.

Leite foi algo que nunca faltou à Vi. Ela que nasceu magrinha e franzina em pouco tempo atingiu o peso normal e inclusive ultrapassou. O médico chegou a dizer que ela estava xoxuda e que tinha de ter cuidado com a alimentação ?!?!?! - Estou a amamentá-la apenas!, - Ah! Bom! Então boa! Continue com o bom trabalho!

Chegava a tirar um a dois biberões de leite por dia para congelar para além do que a Vi mamava. Aos seis meses, continuava na mesma rotina de ordenha... O meu congelador mais parecia uma vasilha de leite. Tinha de dormir com toalhas entre o peito e o soutien, porque os discos promocionais nocturnos, não passam disso mesmo, promocionais, não enxugavam tanto leite. As vezes que me vi agarrada a uma Phillips Avent foram inúmeras... Uma grande amiga e aliviadora.

E lá voltou um novo percalço - peito encaroçado. - Ah! E tal! Tem de continuar a dar de mamar, indepentemente das dores. Dores?!?! Pareciam agulhas a sair ou entrar no meu mamilo. O sentido não importa, mas que eram dores agonizantes, lá isso eram. Tornaram-se em mastites. E na segunda mastite que tive, em que um diagnóstico ficou a dúvida de possibilidade de quistos que não seriam visíveis numa mamografia enquanto tivesse leite, foi-me aconselhado a secar. Se o peito encaroçado dói, o processo de secar o leite ... Bem digamos que sobrevivi! Lol! Foi horrível! Três dias penosos! Dolorosos! Angustiantes! Para além do peso na consciência de que estamos a contribuir para retirar algo que para a nossa cria era importantíssimo.

A Vi foi uma clara ajuda no processo de secagem, não chorava quando tinha fome e me via para pedir peito, adaptou-se ao biberão com facilidade e comeu papa pela primeira vez na boa !

Parecia que compreendia o que se estava a passar com a mãe e que a mama tinha acabado. Como nem tudo é mau, após uma semana da toma do primeiro comprimido da secagem do leite, fomos os três a uma marisqueira. Aaaaaahhhhhh!!! Como soube bem !!! Quinze meses a fazer imensas restrições alimentares, e de repente LIBERDADE!!! Melhor mariscada de sempre que me ficará na memória por muitos anos!!!

E a melhor recompensa de todas , foi que a Vi  se portou super bem no nosso primeiro jantar a três fora.

A ida da Vi para a creche foi a etapa mais complicada. Desde então, uma bebé que nunca tinha tido uma febre, uma constipação, nada, anda sempre com pingo no nariz e com otites constantes.
Os primeiros três meses no " infactário " foram complicados e comprometeram bastante a minha situação com a entidade patronal... Não foi fácil... Ausências constantes, o sentimento de falha como profissional e o desespero de mãe por ver a sua cria enferma.

Independetemente de todas as superações, ver a Vi rebolar aos cinco meses, aos seis sentar e já com dois dentes, aos sete gatinhar, e dizer Mama e Papa, aos oito levantar-se, aos nove andar agarrada, aos dozes dar os primeiros passos sozinha e comer com a colher, são razões para acordar todos os dias com um sorriso no rosto à espera de ver qual será a novidade que esse dia nos reserva!

Foste tu o sonho bonito que eu sonhei, foste tu eu lembro tão bem Tu estavas nessa visão, e assim senti que o meu amor nasceu então, e aqui estás Tu, eu vejo-te a Ti, a mesma visão, a aquela do sonho, que eu sonhei... "


                                                                                💗




quarta-feira, 22 de março de 2017

Mãe pela primeira vez...


Agradeço de coração a participação de uma amiga e mamã muito especial.

Obrigada mamã Sara Patrão

" No dia 11 de Dezembro, por volta da uma da manhã, grávida de 40 semanas e 1 dia, foi quando as contrações surgiram. Começaram logo com intervalos regulares, era hora de ir para o hospital.

Tinha a convicção de que a forma como o meu bebé viria ao mundo seria muito importante quer para ele, quer para mim. Não queria um parto traumático que nos marcasse para sempre, mas uma experiência tranquila, um momento mágico para os dois, que coroasse uma gravidez plena de amor.

Por isso, escolhi parir no Hospital da Póvoa de Varzim. Fui tratada com muito respeito e afeto, a cada momento senti-me apoiada e respeitada e foi nesse ambiente que o André veio ao mundo.

Cerca de 12 horas depois das primeiras contrações, sem cortes, sem instrumentos, sem intervenções desnecessárias, eu pari o André no meu tempo e no dele. Ninguém nos apressou, só nos encorajaram e apoiaram.

Graças à minha escolha e ao apoio do meu marido, tive o parto que desejava e acredito que o André é o resultado desse momento, um bébé calmo e doce, curioso para o mundo que o acolheu com segurança.

Quando o vi, senti que aquele amor que já sentia se multiplicou de forma infinita, ele era a corporização do amor, amei-o imediatamente como a continuação de mim e do meu marido, como o aguardado fruto de uma árvore que vinha a crescer há anos.

A maternidade é uma montanha russa de emoções : de alegria, desespero, deleite, cansaço, enamoramento, dúvida... tudo repetido várias vezes ao dia!

Os primeiros dias foram difíceis, mas estimo-os como os da gravidez (que adorei), pois todos os dias me trouxeram até ao agora e me fizeram crescer como pessoa e como mãe.

Demorou um pouco para perceber que a única certeza que precisava de ter, era que eu era a mãe de que ele precisava e ele o filho de que eu precisava. Juntos, tínhamos tudo o que era necessário, para fazer tudo correr bem !

E assim foi, às apalpadelas e ouvindo apenas o que escolhemos ouvir, eu, o meu marido e o nosso filho tornamo-nos uma família ! "

💖






terça-feira, 21 de março de 2017

Mãe pela primeira vez ...

O sonho de ser Mãe



O sonho de um dia ser Mãe não era só meu, o meu namorado, agora marido, partilhava comigo também o sonho de um dia ser Pai.

Durante o nosso namoro foram muitas as ocasiões que falávamos do nosso futuro e do desejo depois de estarmos casados aumentar a nossa família, e de aumentar o nosso amor, com os nossos filhos.

Nas nossas conversas até escolhemos os nomes dos nossos futuros filhos. Se fosse uma menina era o meu marido que escolhia o nome e se fosse um menino era eu que escolhia.

...

Dez anos passaram e nós os dois achamos que era a altura de casarmos. Um dia que ficará para sempre gravado nas nossas memórias.

Recém-casados fomos viver para um país árabe. Uma experiência enriquecedora a todos os níveis.

E foi nesse país, que nós voltamos a falar do nosso desejo, do nosso sonho em ser pais.

Eu quis regressar a Portugal. E sem o saber, o meu sonho em ser mãe estava prestes a concretizar-se.


A maternidade e o nascimento 

Desde o primeiro dia que soube que estava grávida o meu rosto e olhos ganharam uma luz e alegria imensa. O meu marido partilhava comigo essa imensa felicidade.

Na verdade, um dos nossos principais sonhos, ser pais estava a brotar, a ganhar raizes. 

A minha gravidez foi tranquila, no entanto, a ansiedade e a preocupação estavam sempre presentes, principalmente, quando tinha de fazer uma ecografia, era também um momento muito esperado, porque o podia vêr, ouvir o seu coraçãozinho e saber se estava bem.

As semanas passaram a correr... aprendi a contar o meu tempo de gestação em semanas 😃 uma das coisas que não sabia como se fazia.  

A minha rotina era a mesma antes de estar grávida.  Apenas tinha mais cuidados no que comia, fazia caminhadas, tinha mais apetite e comia mais vezes durante o dia. 

Falava muito com o meu bébé, nós tinhamos longas conversas, ouvíamos música os dois e quando o comecei a sentir dentro de mim foi uma sensação maravilhosa que nunca vou esquecer. 

Tinha dentro de mim um AMOR que começou a crescer desde o primeiro dia que soube que estava grávida até ao presente. É um amor único e infinito! 

No início da minha gravidez tive as pessoas que mais amo e que gosto ao meu lado. A partir do 5º mês de gestação o meu marido, teve de ir trabalhar para fora de Portugal, mas acompanhou por fotos e videos a minha gravidez. Os meus pais e uma tia estiveram comigo. Nunca me senti sozinha, eu tinha o meu maior AMOR dentro de mim. 

Com 4 meses de  gestação fiz uma aventura, na altura, a minha mãe aconselhou-me a não ir... mas eu teimosa como sou e também como não queria ser desmancha prazeres aceitei o convite e fui aos passadiços do Paiva... Bom, posso dizer que fiz os 8 km, mas com uma grande ajuda e apoio do meu marido. Agora, pensando melhor, eu acho que foi mesmo uma aventura, e que não o devia ter feito, pois era um trajeto muito irregular, com escadas,  rampas, e estava um dia quente... tive sorte que tudo correu bem.

Com 7 meses e meio tive pequenas contrações que me fizeram ter uma consulta de urgência com a minha médica. Já com 8 meses melhorei bastante, e voltei ao meu ritmo. 

Estávamos a chegar ao Natal e o meu marido veio passar a passagem de ano e assistir ao nascimento do nosso filho. Sim, era um menino, o nosso príncipe. Soubemos na 1ª ecografia, mas só tivemos a confirmação na 2ª ecografia. 

O nosso menino estava previsto nascer entre 15 e 21 de Janeiro... não sei se foi a minha ansiedade de ter cá o meu marido, numa das consultas com 37 semanas de gestação foi-me detetado as tensões altas. A médica preocupada escreveu-me uma carta. Como as tensões não baixavam dirigi-me às urgências do hospital onde entrei e permaneci. O diagnóstico era que eu estava a ter uma pré-eclâmpsia, o que obrigou a terem de me provocar o parto. 

Passaram -se dois dias de enternamento e na madrugada do terceiro dia, no dia de reis, nasceu o nosso príncipe!   

Acreditem, há amor ao primeiro toque, ao primeiro olhar. Foi o que aconteceu connosco, comigo e com o meu menino, quando pude pegar nele ao colo e junto ao meu peito sentir o seu coraçãozinho, que agora batia fora de mim, foi um amor único, um momento que ficará  comigo para todo o sempre! 

O meu marido também o viu e a emoção era tanta, que apenas lhe disse umas palavras : " Olá ! Gonçalo " e pegou nas suas mãozinhas e filmou-o. 

" Olá ! Gonçalo, bem-vindo a este mundo, bem-vindo à tua família." 

O nosso sonho de ser pais tinha-se concretizado e era tão bom sentir aquele amor dentro de nós que transbordava sempre que olhávamos, e pegávamos naquele menino. 







Agora o nosso príncipe está com 14 meses... o tempo passou muito rápido e sei que vai ser sempre assim, temos mesmo de aproveitar  todos os momentos com o nosso filho, que é o melhor do mundo, é o melhor de nós, e é o fruto do nosso amor. 


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